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Sucesso pode estar na habilidade de se colocar no lugar do outro

Principal Soft Skill (habilidade social e comportamental) que o mercado procura, entre candidatos a uma vaga de emprego, a empatia e o bom relacionamento interpessoal conseguiram superar até mesmo as habilidades técnicas nos processos seletivos. Segundo pesquisa da consultoria Page Personnel, de 2018, 90% dos colaboradores, de todas as áreas, são demitidos por razões comportamentais, e não é difícil imaginar por quê.

Seja profissional ou estudante, você, caro leitor, já deve ter se deparado — em sua empresa ou faculdade — com pessoas que ignoram o fato de estarem em ambientes coletivos ou públicos e agirem como se estivessem em casa. Falam alto, com aspereza, agressividade, não aceitam opinião alheia e nem se sujeitam às regras de convivência comum, presentes na sociedade em que vivem.

A palavra-chave para entender tal situação é ‘empatia’. Definida como habilidade comportamental de uma pessoa se colocar no lugar da outra, ela ajuda a desenvolver aspectos como maturidade emocional, educação, limites e senso coletivo.

A principal virtude da empatia é possibilitar compreender o outro: suas ideias, motivações, dificuldades e necessidades. Desse modo, as pessoas cedem espaços, mas também impõem limites; com isso é criado um ambiente harmônico com regras de convivência minimamente definidas.

Por outro lado, atritos gerados em espaços laborais —  por comportamentos impróprios — são motivados, em geral, pela falta de empatia, por isso, a conexão entre o termo e o bom relacionamento interpessoal. Fofocas, intrigas e invejas, criadas em ambientes de trabalho ou de estudo, têm em sua origem ausência da Soft Skill, e de limites próprios.

Com o tempo, o desgaste gerado pela falta da mais básica habilidade de convivência resulta em demissões. Por esse motivo, os setores de recursos humanos tentam captar já no processo seletivo pessoas que possuem empatia desenvolvida ou excluir aquelas que poderiam gerar atritos desnecessários, caso fossem contratadas.

Fora as avaliações práticas, onde são demonstradas as capacidades técnicas para as funções almejadas, as outras etapas dos processos seletivos se dedicam, em maior ou menor grau, a selecionar pessoas com empatia. Além dela, buscam, ainda, candidatos que apresentam facilidade de relacionamento em ambiente coletivo e outras Soft Skills desejadas pelas empresas.

As dinâmicas de grupo, provas psicotécnicas, questionários e demais fases dos processos seletivos são dedicados, via de regra, a captarem características que enriqueçam o ambiente de trabalho, ou pelo menos não causem problemas. Até mesmo, as fases em que existem entrevistas com os futuros gestores têm em sua base um teor mais voltado às Soft Skills, do que propriamente técnico.

Mesmo após criterioso processo seletivo, ainda é possível que sejam contratadas pessoas com atitudes e comportamentos avessos ao que é procurado. Por isso, mais importante do que apenas ser aprovado em processos seletivos é amadurecer comportamentos adequados e, com isso, conservar aquilo que conquistou: o emprego ou a posição de liderança ou gestão.

Por Leon Santos – Assessoria de Comunicação CFA

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