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SAF deve dominar futebol brasileiro e promete fazer clubes crescerem

Sociedade Anônima começa ser implementada por times que apostam na alternativa para ter melhor futuro, com gestão e competitividade

Nos últimos meses, a sigla SAF ficou famosa no país. A Sociedade Anônima do Futebol (SAF) surgiu como possível salvação para clubes brasileiros que enfrentam graves crises financeiras e enxergam na alternativa uma luz no fim do túnel.

Em agosto do ano passado foi sancionada a lei 14.193/2021, que autoriza a criação da Sociedade Anônima do Futebol. Com isso, os clubes de futebol do Brasil agora podem ser transformados em empresas.

O processo para deixar de ser ‘associação sem fins lucrativos’ e virar empresa é burocrático e envolve política. Os dirigentes, conselheiros e a cúpula do time interessado precisam, por vezes, abrir mão do poder para que o investidor possa chegar.

Benefícios

A SAF oferece vantagens tributárias, além de possibilitar a centralização de dívidas trabalhistas e cíveis. Além disso, exige regras mais claras sobre governança, transparência e medidas de gestão profissional. Os negócios também vão passar a ser fiscalizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Para alguns clubes, a SAF é a solução para sair da insolvência e voltar a brilhar. O Cruzeiro, de Belo Horizonte (MG), foi o primeiro clube a aderir ao novo modelo, pois vive um dos piores momentos de sua história: vai para a terceira temporada seguida na Série B e suas dívidas já ultrapassam R$ 1 bilhão.

O comprador da Raposa foi o ex-jogador Ronaldo Fenômeno. Ele se comprometeu a investir R$ 400 milhões no clube mineiro e entrou, também, como sócio das dívidas da equipe.

No Rio de Janeiro, o Botafogo adotou o mesmo formato. O empresário norte-americano John Textor adquiriu 90% do Glorioso (apelido do time), com esquema de negócio parecido com o do Cruzeiro, e fará aportes de R$ 400 milhões, e herdará dívidas de mais de R$ 1 bilhão, o que foi um ótimo negócio para o clube.

O terceiro clube a adotar a nova modalidade foi o Vasco da Gama (RJ), ao firmar acordo com o fundo de investimento ‘777 Partners’, tornando-se SAF. Deve obter investimento de R$ 700 milhões por 70% do clube, e com isso promete reconstruir a imagem da equipe e trazer mais confiança para a torcida, que acredita em uma gestão mais eficiente.

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Por Rodrigo Nunes – Assessoria de Comunicação CFA

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