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Agenda 2030: combater a corrupção é um dos compromissos do CFA

O Conselho Federal de Administração (CFA) segue determinado a ajudar o Brasil a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU). Para tanto, a autarquia tem desenvolvido ações alinhadas aos dezessete objetivos da Agenda 2030. A mais recente delas é voltada para coibir e reduzir todas as formas de corrupção.

Este compromisso faz parte do Objetivo 16: “Paz, Justiça e Instituições Eficazes”. Ele visa “promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis”.

De acordo com o presidente do CFA, Adm. Mauro Kreuz, o Brasil não tem um plano estratégico de nação e, por isso, fica refém de planos de governo. As ações acabam não tendo continuidade quando há mudanças no Executivo federal, estadual e municipal. Além da descontinuidade dos projetos, a nação sofre com os constantes escândalos de corrupção.

Para se ter ideia, o Brasil ocupa, em 2022, a 96ª colocação no Índice de Percepção da Corrupção (IPC). Essa é a terceira pior avaliação de toda a história do país. “Em um país onde nós temos o orçamento secreto de bilhões de reais, quando a gente por outro lado clama por transparência, e o parlamento brasileiro aprova o orçamento com a conivência do Governo Federal com verbas que não podem ser devidamente policiadas e acompanhadas, demonstra que do ponto de vista da administração pública nós temos um caminho muito árduo pela frente”, disse Mauro.

Governança corporativa

Entre as metas do 16º objetivos dos ODS estão: reduzir substancialmente a corrupção e o suborno em todas as suas formas; desenvolver instituições eficazes, responsáveis e transparentes em todos os níveis; e ampliar e fortalecer a participação dos países em desenvolvimento nas instituições de governança global.

Segundo Mauro, as instituições precisam investir em programas de governança corporativa. Isso já é realidade na iniciativa privada, mas é preciso trazer o assunto para as organizações públicas.

“Para que possamos deixar de ficar reféns de projetos de governo ou de poder, precisamos de governança e ela tem que se subordinar às questões da nação e não o inverso”, explicou.

O presidente do CFA ressaltou que a gestão compartilhada está empenhada com o Objetivo 16 das ODS e foca em ações de governança corporativa. Em fevereiro, a autarquia criou a Comissão do Programa de Integridade e Compliance do Sistema CFA/CRAs com a intenção de sistematizar e aperfeiçoar os instrumentos no CFA e nos regionais, para que possam atuar de forma preventiva no combate à corrupção e nos desvios que possam vir a existir.

“Esse programa vai permitir que as gestões sejam absolutamente íntegras e confiáveis na gestão dos recursos públicos. A Comissão terá o papel de apresentar uma minuta sucinta deste programa de integridade e compliance para ser submetida à Diretoria Executiva do CFA e, posteriormente, ser deliberada pelo plenário do Federal. Após isso, obviamente, será norma a ser seguida em todo Sistema CFA/CRAs ”, explicou Mauro Kreuz.

O programa de integridade será implantado ainda neste ano. “Nossa intenção é melhorar a nossa governança e fazer melhores entregas para nossos stakeholders. Essa será mais uma iniciativa e um legado que a Gestão Compartilhada deixará no CFA e no Sistema”, afirmou.

Além disso, o CFA fará parte oficialmente da Rede Governança Brasil (RGB). “Vamos nos engajar para adotar mecanismos de boa governança. Daí não importa quem seja o presidente, na diretoria ou no plenário. Todos terão que seguir os princípios da integridade porque a nossa comunidade não aceitará mais uma governança que não seja profissional”, avisou Mauro.

ODS no CFA e nos CRAs

Faz alguns anos que o CFA é signatário do Pacto Global, iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) que busca engajar empresas e organizações na adoção de ações voltadas ao alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A autarquia realiza inúmeras práticas organizacionais alinhadas aos dez princípios da iniciativa da ONU, sobretudo no que diz respeito à área de meio ambiente, direitos humanos e trabalho.

Para cada um dos 17 objetivos previstos nos ODS, o CFA tem uma ação. Para mostrar cada uma delas, a autarquia produzirá uma série de reportagens. “Organizações, sejam elas públicas ou privadas, alinhadas aos ODS têm mais vantagens competitivas, estão mais preparadas para atender às necessidades de seus clientes, relacionam-se melhor com a sociedade, com governos, políticas públicas e incentivos”, explica o conselheiro federal Júlio Rezende, ressaltando que a proposta é engajar os 27 Conselhos Regionais de Administração (CRAs) neste trabalho.

 

Ana Graciele Gonçalves

Assessoria de Comunicação CFA

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