Características técnicas podem alavancar a carreira. Mas autoconhecimento é fundamental no processo de descoberta
O mundo tem se transformado rapidamente e de forma disruptiva. Em meio a tantas mudanças, estudantes e profissionais (iniciantes ou veteranos) se perguntam qual rumo profissional devem tomar ou qual estilo seguir.
Afinal, é melhor investir pesado em aprimoramento, e ser especialista em alguma área, ou ser mais generalista e versátil em diferentes segmentos? Para a consultora em recursos humanos da empresa em recolocação Lee Hecht Harrison (LHH), Caroline Reis, é preciso levar em conta primeiro o estilo de cada um, pois há pessoas que gostam de se debruçar sobre um tema e explorá-lo ao máximo, tornando-se expert no assunto, enquanto outros preferem ampliar sua expertise e navegar por inúmeras áreas ou perspectivas.
Caroline pondera que antes de optar sobre qual estilo seguir, o profissional deve definir quais são seus objetivos de carreira, e o que ele entende como vantagem ou o que é mais importante para si. Segundo a consultora, o que pode ser motivo de prazer para um, pode ser pesadelo para o outro; portanto, o mais importante é fazer algo que dê prazer e tenha significado.
“Foi-se o tempo em que as pessoas tomavam decisões de carreira pensando no que está na moda ou no que está dando mais dinheiro. Os profissionais, hoje, estão cada vez mais alinhados com a realidade de que o futuro é incerto e que mais importante do que seguir uma tendência é estar conectado com seu propósito”, complementa.
Vantagens e desvantagens
De acordo com Caroline, os dois perfis apresentam prós e contras. Embora os especialistas possam ter conhecimentos específicos, e se tornarem insubstituíveis para as organizações, por outro lado eles podem não sair do lugar na carreira, por serem imprescindíveis na função que exercem na atualidade.
A consultora explica que no início de carreira os profissionais especialistas levam vantagem em relação à remuneração, sobretudo, se for de uma área com alta demanda (de grande necessidade para as organizações) e escassez de talentos. Em contrapartida, se a área for de baixa demanda ou possuir grande oferta de talentos, sua especialização pode atrapalhar na recolocação.
Já aos generalistas que possuem experiências e conhecimentos mais diversificados, a falta de especialidade no início de carreira pode ser um empecilho. Por outro lado, a construção da carreira pode ser mais fácil, devido às múltiplas opções de atuação.
“Um grande desafio para os generalistas é destacar seus diferenciais, a fim de se tornarem mais valiosos para a organização. As empresas acabam promovendo mais perfis generalistas, por possuírem uma visão mais holística do negócio e habilidades multifuncionais, além de receberem mais promoções, acabam recebendo maiores remunerações no longo prazo”, revela.
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Por Leon Santos – Assessoria de Comunicação CFA