Mais da metade dos empresários não elaboram Plano de Negócios, nem mesmo consultam um administrador, possíveis causas para a mortalidade nos primeiros anos de atividade
Pesquisas realizadas pela Junta Comercial do Estado do Tocantins (Jucetins), demonstram que o estado registrou a abertura de 24,4 mil CNPJs só em 2023, isso representa um aumento de 2,3% em comparação com 2022. Contudo, dados de outro levantamento também indicam que, apenas neste ano, pelo menos 12 mil empresas fecharam as portas. São muitos os motivos para isso, mas segundo um estudo, realizado pelo Sebrae-SP, foi comprovado que 55% dos empresários não elaboraram um plano de negócio antes de iniciar suas atividades.
A falta de planejamento e a má gestão são motivos conhecidos, que são evitados fazendo uso de ferramentas e habilidades corretas, através de profissionais licenciados e capacitados. Ainda assim, o número de empresas que encerram suas atividades nos primeiros anos continua muito alto. Para o presidente do Conselho Regional de Administração do Tocantins (CRA-TO), Adm. Anderson Justino, não basta ter suporte financeiro se não há conhecimento, nem responsabilidade pela gestão. “Quando falamos de administração, estamos nos referindo às atividades que toda boa gestão deve executar: ações de planejamento, organização e aplicação nas mais variadas áreas, incluindo a gestão de recursos financeiros, tecnológicos, humanos e materiais”, apontou o presidente.
No Brasil, fora abertas mais de 2,7 milhões de novas empresas apenas neste ano. Os administradores atuam hoje em cerca de 40% das micro e pequenas empresas espalhadas pelo país. “A vontade de ter o próprio negócio é o segundo maior sonho do brasileiro, de acordo com Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2022. Seis a cada 10 pessoas querem. No entanto, um administrador é fundamental para que o empreendimento tenha uma visão de negócio duradoura, e não feche as portas nos primeiros anos de vida”, explicou Anderson.