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XXVII Enbra abre espaço para outros eventos do Sistema CFA/CRAs

Quem está inscrito no XXVII Encontro Brasileiro de Administração (Enbra) tem a oportunidade de participar de outros eventos, que ocorrem dentro do Encontro. Um deles é o Encontro de Professores e Coordenadores dos Cursos de Administração (Eprocad) cuja proposta é discutir as inovações tecnológicas no ensino superior.

Na parte da manhã, vários especialistas se reuniram para debater e compartilhar conhecimentos acadêmicos. A roda de conversa “Educação Empreendedora” reuniu o vice-presidente do CFA e diretor superintendente do Sebrae-TO, Rogério Ramos; o diretor de Formação Profissional do CFA, Mauro Leonidas; e a gestora do projeto voltado à Educação Empreendedora e Inovadora do Sebrae-BA, Ana Luci Lima de Menezes des Graviers. O bate-papo foi moderado pela gerente de Ambiente de Negócios no Sebrae-BA, Cecília Fonseca e Miranda.

Ana Luci lembrou que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) propõe tratar do assunto em todos os ciclos escolares do ensino básico. “Devemos pensar na educação empreendedora como alinhamento das competências nos jovens, antes deles irem para o mercado de trabalho e antes que eles façam o seu projeto de vida. Ajudar esse jovem a se desenvolver antes dele chegar ao mercado de trabalho”, afirmou.

Mauro ratificou a importância de tratar do assunto ainda na educação básica e falou do projeto de empreendedorismo nas escolas, desenvolvido pelo Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (FPMPE) em parceria com o CFA. “Nosso objetivo é criar uma cultura empreendedora no país e ficamos felizes com essa mudança na LDB para incluir o empreendedorismo como tema transversal desde a educação básica e indo até o ensino superior.”, disse.

De acordo com Rogério, muitas pessoas são empreendedoras por necessidade. Ele chamou a atenção para o aumento no cadastro de microempreendedores individuais, o MEI, durante a pandemia. “Para você ter uma educação empreendedora, você precisa aliar isso a essa formalidade, pois é um setor que movimenta a economia”, explicou.

Ainda na manhã desta quinta-feira, o Eprocad trouxe a roda de conversa “Desafios e oportunidades da educação”. Com a moderação do diretor de Desenvolvimento Profissional do CRA-BA, Edilson Souto Freire, o assunto foi debatido pelo professor da Escola de Administração da UFBA, Guilherme Marback Neto; o representante da Angrad para o Estado da Bahia, Manoel Joaquim Fernandes de Barros; e o membro e presidente da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior – Conaes/MEC, Mário César Barreto Moraes.

Com a pandemia, as instituições de ensino superior viveram grandes desafios. Para Guilherme, tem sido momentos de ruptura. “Nós não temos como imaginar o futuro, não temos bola de cristal. Mas vamos pensar na re-humanização das relações nas instituições de ensino como também no uso da ciência de dados para nossos cursos e nossas instituições”, alertou.

Olhar feminino

Na parte da parte, foi a vez do Fórum das Mulheres da Administração começar. A abertura foi realizada pelo presidente do CFA, Mauro Kreuz; pela presidente do CRA-BA, Graça Pitiá; e pela coordenadora do ADM Mulher, Cláudia Stadtlober. Um dos pontos altos foi a apresentação do coral Novos Cantos regido pelo maestro Carlos Veiga Filho, que interpretou a música “Mulheres”.

Em seguida, a vice-prefeita da cidade do Salvador, a administradora Ana Paula Matos apresentou a palestra “O impacto da inovação tecnológica na gestão municipal”. Ela falou um pouco do perfil da capital baiana, cidade que está muito centrada na matriz econômica de grandes eventos como carnaval e réveillon. Ana comentou, ainda, sobre as ações adotadas para conter o avanço da pandemia, mas também destacou as medidas usadas para promover bem estar social para a população.

“Salvador estava atrasada do ponto de vista tecnológico e percebemos a necessidade de ter uma atuação mais efetiva, ainda mais na pandemia. Usamos a tecnologia para solucionar isso, fizemos o cruzamento de dados, o que nos permitiu antecipar e sanar essas situações”, descreveu.

Depois da participação da Ana, o Fórum das Mulheres da Administração teve a primeira roda de conversa. O momento teve a participação da conselheira consultiva, advisor de Startups e TEDx, Mirian Souza; da CEO & Founder da Sisterwave região, Jussara Pellicano Botelho; e da deputada estadual, Cristina Almeida. O bate-papo foi mediado pela coordenadora adjunta do XXVII Enbra no CRA-BA e coordenadora da Comissão Especial ADM Mulher do CRA-BA, Tânia Maria da Cunha Dias.

Jussara comentou que o negócio precisa estar adaptado às novas tendências, não só na pandemia. Muitos empreendimentos viram, na tecnologia, uma aliada. “Inovação é se adaptar aos momentos em que estamos vivendo”, disse. Para Mirian, a situação sanitária antecipou mudanças. “Isso trouxe uma corrida das empresas por essas tecnologias. Essa é a hora de nós, administradores, dobrar a aposta na inovação com uso de tecnologia”, comentou.

A tecnologia na gestão pública também tem sido fundamental para interagir com as comunidades, ainda mais aquelas mais distantes. A reflexão foi abordada por Cristina, que chamou a atenção para a falta de cultura da inovação. “Políticas públicas nesse sentido têm sido adotadas para dar um empurrão”, falou.

 

Melhor idade

Você está preparado para a aposentadoria? Esta foi a pergunta que norteou a primeira roda de conversa do Fórum dos Profissionais de Administração +. O evento, que também ocorre dentro do XXVII Enbra, visa promover uma reflexão sobre a vida profissional dos maiores de 60 anos.

O debate foi moderado pela  ex-conselheira do CRA-BA, Maria Isabel Vitória de Carvalho e contou com a participação do conselheiro federal pelo CRA-SE, Diego da Costa; da conselheira federal suplente do CRA-SP, Terezinha Covas Lisboa; e do representante da Fipecq, Ricardo de Farias Barros.

Terezinha ressaltou que a legislação brasileira protege a pessoa idosa. A Lei 8.842 é um exemplo. Ela também lembrou de iniciativas que promovem a inclusão do público da melhor idade em ações. “O empreendedorismo não tem idade. A própria instituição de ensino deveria preparar esses futuros profissionais para viver com as pessoas da melhor idade dentro das organizações”, afirmou, citando exemplos de empresas que já têm a política de incluir idosos em seus quadros funcionais.

Para Diego, a reflexão que deve ser feita é “como vou passar meu tempo livre”. “Não importa a idade, isso está na nossa mentalidade”, avisou. A tecnologia, segundo ele, veio para agregar e é preciso que os jovens tenham mais paciência com os idosos. Em resumo, ele deu dez dicas para quem, independente da idade, quer ter mais tempo livre: fazer investimentos, continuar trabalhando, adquirir novas habilidades, aprender um novo idioma, fazer trabalhos voluntários, viver de forma saudável, fazer amigos, escrever memórias pessoais, fazer a viagem dos sonhos e descansar.

De acordo com Ricardo, é preciso envelhecer bem. Em uma fala motivadora e empolgante, ele citou cinco dimensões da qualidade de vida que, segundo ele, são necessárias para envelhecer bem. O capital biológico é o cuidado com a saúde: comer bem , fazer atividade física. Já o capital financeiro, é zelar pelo bom uso do dinheiro. Ele lista, ainda, o capital humano, social e psicológico. “Arrume um grupo para participar, faça novos amigos, engaje em alguma coisa para se ocupar”, ensina o professor.

Assista o segundo dia do Enbra clicando aqui

 

Ana Graciele Gonçalves
Assessoria de Comunicação CFA

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